16 julho 2014

Resenha Questões do Coração



Título: Questões do Coração
Autora: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito, 2011. 432 páginas.


















Sinopse:

Tessa Russo é mãe de dois filhos e esposa de um renomado cirurgião pediátrico. Apesar de todos os seus receios, ela recentemente abandonou sua carreira para se concentrar em sua família, na busca pela felicidade doméstica. Por fora, parece destinada a viver uma vida encantada. 

Valerie Anderson é advogada e mãe solteira de um garotinho de seis anos, Charlie, que nunca conheceu seu pai. Depois de muitas decepções, Valerie desistiu do amor e até mesmo das amizades, acreditando que é sempre mais seguro não criar muitas expectativas. 


Embora as duas vivam na mesma área de Boston, elas têm pouco em comum, com exceção do amor incondicional por seus filhos. Mas em uma noite um trágico acidente faz suas vidas convergirem para um mesmo ponto de maneira inimaginável.

Com pontos de vista alternados e absolutamente delineados, Emuly Giffin cria uma história comovente e brilhante sobre pessoas de bem que passam por circunstâncias insustentáveis. Todas sendo testadas como nunca imaginaram ser possível. Todas questionando tudo no que um dia acreditaram. E todas, por fim, descobrindo o que realmente importava. 


Pela sinopse do livro, acreditei que ele enveredaria por outro caminho. É narrado em 1ª pessoa ao mostrar a visão de Tessa e em 3ª pessoa ao mostrar Valerie.


Como personagem principal temos Tessa. Em segundo temos Valerie. Nick é marido de Tessa e médico de Charlie, filho de Valerie. 

Charlie sofre um acidente e Nick é seu médico. Depois disso, as coisas começa a se complicar.

Li umas resenhas de pessoas que não gostaram muito do livro, da lenga lenga de Nick e Valerie. Eu por outro lado já gostei bastante. Foi muito fiel como as coisas acontecem, como as pessoas se envolvem com outras, mesmo que "não queiram".

Dex e Rachel, personagens que tiveram uma pequena aparição em Presentes da Vida, também aparecem um pouquinho nesse livro. Dex é irmão de Tessa.

Barbie é mãe de Tessa, parece uma pessoa chata, desconfiada. Me identifiquei tanto com ela. Acredito que os acontecimentos em nossas vidas nos tornam as pessoas que somos. Sou como Barbie, não confio em ninguém. E assim como ela, acredito que nunca devemos dizer nunca, pois não sabemos o dia de amanhã.

Os conselhos de Barbie sobre a vida de Tessa são exatamente o que acredito. Tessa aos poucos também começa a acreditar. 

Não querendo generalizar, mas generalizando, os homens são injustos, não percebem e não valorizam o que as donas de casa fazem pela família. Na verdade querem uma casa perfeita, família perfeita, uma mulher que trabalhe fora para ajudar financeiramente, e que à noite esteja sempre disponível!!!

Homens que traem as esposas têm compromissos com elas. Eles são responsáveis pelos sentimentos dela. O cara que não quer trair mas fica ligando para uma outra mulher, mesmo tendo esposa, está procurando encrenca.

Geralmente nos livros que falam sobre traição, as esposas são ruins, chatas, mal humoradas. Nesse, a esposa é maravilhosa e mesmo assim o marido se envolve emocionalmente com outra mulher. Situação tão comum em nossos dias. 

Sempre há 2 lados em uma história, e isso que é o bacana, poder ver o lado de Valerie. Claro que ela não caiu de "gaiato no navio", mas dá para entender o que levou ela a agir como agiu. 

Livro super realista. Emily foi primorosa. Não entendo como ela consegue escrever sobre o tema tão bem. Acredito que deve ter passado por algo parecido, pois os sentimentos descritos, as dúvidas, são tão reais!!
E enfim culminamos na grande questão: perdoar e tentar reconstruir sua família, mesmo que se sinta humilhada perante a família, amigos e sociedade, ou não perdoar, pois esse tipo de situação não tem perdão, mesmo que isso possa fazer seus filhos sofrerem demais?

E vocês, perdoariam uma traição?

Beijos

:-Deise


Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Nossa, já me interessei pelo livro, parece ser muito bom mesmo! Tenho na minha lista, vou colocar como um dos próximos.
    A questão da traição é muito complexa, acho que só estando na situação para saber como agiria, tentando entender as motivações, as situações que levaram o outro a chegar a esse ponto. Já fui bem radical em acreditar que traição não tem perdão, mas hoje acho que pensaria duas vezes antes de jogar tudo para o alto. É tão mais fácil fechar os olhos para os nossos erros e defeitos e culpar o outro pela atitude de trair, que podemos nos esquecer que a nossa forma de levar o relacionamento possa ter sido o estopim de toda a situação. Claro que tem essa questão de a mulher ser super bacana, a melhor esposa do mundo e o marido ainda assim "pular a cerca", porque alguma coisa não está bem como deveria, pelo menos aos olhos dele. Enfim, é difícil rotular o traidor ou a pessoa traída, porque o que acontece no relacionamento apenas os dois podem dizer e prestar contas, nem sempre um relacionamento aparentemente perfeito é assim "da porta para dentro".

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  2. Que bom que gostou Jany. Vi lá no seu blog que leu o livro. A Emily escreve muito bem, né?

    Beijos

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